24.7.15

Recitação do Alcorão liberta prisioneiro na Malásia


Esse muçulmano fugiu da perseguição em Burma e entrou de forma ilegal na Malásia, onde foi preso. Na prisão um dos guardas registrou em vídeo sua bela recitação do Alcorão. O vídeo se propagou e ele foi libertado, tornando-se o imame de uma mesquita local. 

19.7.15

Carta do profeta Muhammad (sa) a todos os cristãos

Como os muçulmanos devem tratar os cristãos?  Com violência? Raiva? Ódio?  A resposta não é nenhuma dessas alternativas.  Abaixo está uma tradução de uma carta escrita pelo profeta Muhammad (sa) para todos os cristãos.

Em uma época em que as tensões entre o Islã e o Cristianismo parecem estar elevadas, lembramos a nossos amigos cristãos que um muçulmano verdadeiro não pode magoar um cristão de forma alguma, seja com sua mão ou com sua língua. 

Várias cópias históricas certificadas estão expostas na biblioteca de Santa Catarina, algumas das quais são atestadas pelos juízes do Islã para afirmar a autenticidade histórica. Os monges afirmam que durante a conquista otomana do Egito em 1517 o documento original foi retirado do monastério pelos soldados otomanos e levado para o palácio do Sultão Selim I em Istambul para custódia.

A carta abaixo não exige maiores explicações. Esperamos que isso forneça credibilidade e conforto de que o profeta Muhammad (sa) realmente celebrou seus amigos cristãos. (A carta original está agora no Museu Topkapi em Istambul)

Resumo da carta

“Essa é uma mensagem de Muhammad ibn Abdullah, uma aliança com aqueles que adotam o Cristianismo, próximos e distantes, que estamos com eles. Verdadeiramente eu, os servos, ajudantes e meus seguidores os defendemos porque os cristãos são meus cidadãos e, por Allah! me oponho a qualquer coisa que os desagrade.

Nenhuma compulsão deve ser imposta a eles. Nem seus juízes devem ser removidos de seus cargos ou seus monges de seus monastérios.

Ninguém deve destruir uma casa de sua religião, danificá-la ou pegar qualquer coisa dela para as casas dos muçulmanos. Se alguém fizer uma dessas coisas, arruinaria a aliança e desobedeceria seu profeta. Verdadeiramente, eles são meus aliados e têm meu salvo conduto contra tudo que odeiam.

Ninguém deve forçá-los a viajar ou obrigá-los a lutar. Os muçulmanos devem lutar por eles. Se uma cristã se casar com um muçulmano, isso não deve ocorrer sem a aprovação dela. Ela não deve ser impedida de visitar sua igreja para orar.

Suas igrejas devem ser respeitadas. Não devem ser impedidos de repará-las nem a sacralidade de suas alianças. Ninguém da nação (muçulmanos) deve desobedecer a aliança até o Último Dia (fim do mundo).”

Este documento é conhecido como a Aliança ou Testamento do profeta Muhammad, um documento que garante proteção e outros privilégios aos monges do monastério de Santa Catarina, no Monte Sinai. 

A tradução da carta na íntegra para o inglês está disponível no endereço http://newsrescue.com/letter-to-all-christians-from-prophet-muhammad-sa/#axzz3gOALfZc4 de onde também foi retirado esse resumo.

18.7.15

Carta para Caetano Veloso


Querido Caetano Veloso,
Escrevo agora porque você teve um impacto profundo em minha vida, porque ouvi e abracei sua música - que toca minha alma da maneira mais profunda - por mais anos do que posso me lembrar, porque você foi um batalhador pela justiça nos tempos mais duros, porque sua música me inspira, me consola, me desafia e tem me ajudado em tempos de grande dor e perda.
Escrevo agora na esperança de que repensará sua decisão de se apresentar em Israel nesse momento e que ouvirá o chamado dos palestinos, acompanhado de milhares de outros em todo mundo, por dignidade e justiça.
Você escreveu que se apresentará em Israel e verá por si mesmo o que está acontecendo lá. Mas, como outros têm lhe pedido, também peço que primeiro se engaje nesse conhecimento e, então, uma vez que sinta que sabe o suficiente, tome uma decisão informada. Ao tocar em Israel agora, está, como você mesmo admitiu, tomando uma decisão sem ter a informação que precisa para saber se, por meio de suas ações, está apoiando e sancionando injustiça.
Você também disse que tocou nos EUA durante a era Bush - mas essa não é uma comparação justa. Embora naqueles anos estivessem em andamento as ações terríveis do governo Bush, não havia um chamado organizado vindo da sociedade civil, como há da sociedade civil palestina, nos pedindo para que aqueles de nós com uma consciência apoiemos o movimento BDS (Boycott, Divestment, and Sanctions - Boicote, Desinvestimento e Sanções, em tradução livre) até que Israel cumpra com princípios básicos de direitos humanos e lei internacional. A analogia com o boicote ao apartheid sul-africano é mais adequada.
Sou uma judia de 59 anos cuja jornada relacionada a Israel e à Palestina tem sido muito longa, repleta de muito exame de consciência. Tornei-me conectada a Israel para apoiar o que entendia ser o movimento de libertação do povo judeu - não reconhecendo na época que libertação nunca é libertação quando é às custas de outro povo, quando resulta no deslocamento, desalojamento e negação do direito a autodeterminação de outro povo. Sempre fui crítica do governo israelense e me opus a ocupação israelense de 1967. Entretanto, apesar de ampla evidência e documentação, nada sabia sobre a Nakba, a catástrofe de 1948 em que mais de 700.000 palestinos foram expulsos de suas casas e terras como resultado do estabelecimento de Israel. Embora o trabalho de minha vida esteja conectado à importância de contar histórias, não deixei entrar a história, a realidade da
Nakba até que, na verdade, não conseguisse mais dormir à noite.

E como você bem sabe, a injustiça não terminou em 1948. A violência contra o povo palestino e a destruição continuada de suas casas e roubo de suas terras só se intensificaram desde aquela época. Não quero recitar a lista de políticas antidemocráticas, de brutalidades diárias, de desigualdade estrutural e sistêmica que caracteriza o tratamento do povo palestino pelo governo israelense em Israel e nos territórios ocupados. Você pode ir a sites incontáveis e passar um tempo na Palestina para facilmente tomar conhecimento dos fatos. E, embora concorde com sua crítica de Benjamin Netanyahu, a verdade é que essas condições injustas floresceram livremente sob todo partido israelense no poder - desde o início de Israel.
Você escreveu que os israelenses que assistirão a sua apresentação concordarão com sua crítica da sociedade israelense. Não estou certa de quem são esses israelenses. Os israelenses que conheço que apoiam a justiça estão aderindo ao chamado do BDS e não estarão em sua apresentação, como resultado de posicionamento ético e baseado em princípios. O BDS é um chamado para que Israel seja responsabilizado a observar os valores mais fundamentais de decência e justiça.
A realidade é que sua apresentação em Israel só alimentará as forças antidemocráticas. Você não é simplesmente um cantor famoso mundialmente. É também um batalhador pela justiça famoso mundialmente. Sua presença em Israel só terá o efeito de promover políticas de longa data que, sem dúvida, você detesta.
Do fundo do meu coração, espero que decidirá não se apresentar em Israel nesse momento na história. Estou confiante de que não se arrependerá dessa decisão.
Atenciosamente,
Donna Nevel

9.7.15

O terrorista cristão que jurou matar muçulmanos e pode ficar livre




Robert Doggart foi pego pelo FBI planejando um ataque terrorista contra muçulmanos de Nova Iorque, mas um juiz ainda não tem certeza se ele é uma “ameaça real”. 
Nota do editor: Depois da publicação desse artigo Robert Doggart foi indiciado com uma acusação de solicitação para cometer uma violação de direitos civis. Pode pegar até dez anos de prisão, se condenado.

Um clérigo muçulmano idealiza uma trama terrorista para levar um grupo de nove homens a atacar cristãos nos Estados Unidos. O plano envolve queimar uma igreja e assassinar adoradores cristãos. E esses atacantes estarão bem armados com rifles de assalto, explosivos e até machados para cortar esses cristãos “em retalhos”.

Se esse clérigo muçulmano tivesse sido preso pouco antes do ataque, teria sido corretamente indiciado por terrorismo e preso sem direito a fiança, mas quando uma trama idêntica é idealizada por um ministro cristão que planeja assassinar muçulmanos em Nova Iorque, não só ele solto com fiança e não é indiciado por terrorismo, como pode até sair livre.

Esses são os fatos do caso de Robert Doggart, um ministro cristão. Gravações e conversas com um informante do FBI revelaram seu plano detalhado de viajar de sua casa no Tenessee para Nova Iorque e atacar pessoas de Islamberg, uma comunidade de aproximadamente 200 muçulmanos negros, próxima à fronteira da Pensilvânia. Ele via essa comunidade muçulmana, que jornais de direita há muito tempo demonizavam, como uma ameaça aos Estados Unidos.

Como destacado pela denúncia criminal, Doggart falou de sua disposição em sacrificar sua vida para provar seu “comprometimento com nosso Deus”. Ele também incentivou seus seguidores a serem “cruéis” com esses muçulmanos, a queimarem mesquitas, mata-los e até cortá-los em retalhos com um machado.

Em preparação ao seu ataque terrorista, Doggart também se encontrou com um informante do FBI disfarçado em Nashville. No encontro Doggart compartilhou detalhes de como planejava construir os explosivos que usaria no ataque e até exibiu algumas de suas armas, incluindo um rifle de assalto militar M-4.

Doggart não era um cara sentado em seu quarto ruminando sobre muçulmanos tomando seu país. Ele se engajou em planejamento, que incluiu detalhada lista de armas e contato com grupos de milícia, supostamente conseguindo o apoio de nove homens. Felizmente ele foi preso antes que pudesse efetuar o ataque.

Meus esforços para assegurar maior cobertura nacional da mídia para o caso de Doggart foram rejeitados por vários produtores, com comentários que variaram de “esta não é uma história de abrangência nacional” a “aposto que é mentalmente perturbado”. (Claro, um plano idêntico feito por um muçulmano teria resultado em manchetes em todo o país).

Na época Doggart estava detido sem direito a fiança, mas o surpreendente é que o juiz federal responsável pelo caso indicou recentemente que pode não aceitar a confissão de culpa porque não está certo de que as ações de Doggart constituem uma “ameaça real”, como exigido pelo estatuto federal.

O que é mais bizarro sobre o caso é que Doggart pessoalmente assinou um acordo de confissão de culpa, junto com seu advogado, admitindo que tinha se engajado na conduta alegada e estipulou expressamente que significava uma “ameaça real”.

Com que frequência um juiz rejeita um acordo feito pelo promotor e pelo réu? Seema Iyer, uma ex-promotora e atualmente advogada de defesa, explicou que só testemunhou essa situação duas ou três vezes em seus quase 20 anos de trabalho como advogada criminalista.

A maneira como esse caso foi tratado, da cobertura da mídia às ações do sistema criminal é mais uma vez evidência do padrão duplo quando se trata de conspirações terroristas feitas por muçulmanos em comparação com as feitas por não-muçulmanos. Não tenho certeza de quantos ataques terroristas do tipo do que aconteceu em Charleston precisam acontecer, antes que coletivamente, como nação, vejamos as ameaças dos terroristas de extrema direita com a mesma seriedade daquelas do ISIS e da Al-Qaeda, especialmente se considerarmos que a direita matou o dobro do número de americanos em solo americano, em comparação com terroristas muçulmanos, desde o 11 de setembro.

Infelizmente, parece que mais pessoas inocentes podem ser mortas, antes que esse dia chegue.

Esta notícia também foi veiculada no jornal inglês The Guardian, entre outros veículos de comunicação: Release of man who threatened Islamberg hamlet prompts outcry

Muçulmanos americanos angariam US$ 300.000,00 para ajudar no conserto de igrejas queimadas nos EUA

Fatimah Knight, a estudante muçulmana que iniciou a campanha para angariar fundos para ajudar no reparo das igrejas

Quando Fatimah Knight procurou amigos e conhecidos muçulmanos para tentar ajudar as igrejas de comunidades negras que tinham sido destruídas pelo fogo, ela não tinha ideia do quanto conseguiriam angariar.

Hoje, conseguiram levantar pouco menos de US$ 30.000 – dinheiro que será usado para ajudar sete igrejas que foram destruídas no sul dos Estados Unidos depois do ataque em Charleston e da campanha contra a bandeira confederada.

A campanha de Fatimah Knight – empreendida enquanto os muçulmanos em todo o mundo marcam o festival do Ramadã – se seguiu a um empreendimento menor e mais modesto iniciado depois do tiroteio que matou nove pessoas na igreja metodista de Charleston, em 17 de junho. Ela e alguns amigos queriam angariar US$ 500 para enviar flores. Conseguiram US$ 900.

Quando ela e os mesmos amigos leram sobre a série de igrejas queimadas, quiseram agir da mesma forma. Várias organizações islâmicas responderam ao chamado dela, mas pessoas de outras crenças também doaram.

“É Ramadã e experimentamos em primeira mão a beleza e santidade de nossas mesquitas durante esse mês sagrado”, diz uma mensagem postada no site launchgood.com 

“TODAS as casas de adoração são santuários, um lugar onde todos devemos nos sentir seguros, onde podemos buscar refúgio quando o mundo é difícil demais para suportar.”

Fatimah Knight, que faz mestrado no Seminário Teológico de Chicago, disse que alguns de seus conhecidos questionaram a campanha e perguntaram por que ela estava levantando dinheiro para casas cristãs de adoração, ao invés de fazê-lo para uma causa muçulmana, mas a maioria deu apoio.

Ela disse que o Islã ensinou a necessidade de proteger os fracos e vulneráveis e que embora as comunidades cristãs negras não sejam fracas, estavam vulneráveis.

“Sou negra e me identifico com a comunidade negra em geral. Historicamente a comunidade negra tem sido vulnerável”, disse ela.