4.6.07

Famílias de Srebrenica processam ONU e Estado holandês

Reuters/Brasil Online

Por Harro ten Wolde

HAIA (Reuters) - Parentes das vítimas do massacre de Srebrenica, em 1995, processaram na segunda-feira o Estado holandês e a Organização das Nações Unidas por permitirem que muçulmanos fossem mortos por forças sérvio-bósnias.

Advogados disseram que a Holanda é culpada por recusar apoio aéreo para suas próprias tropas que defendiam a cidade bósnia de acordo com um mandato da ONU, abrindo caminho para os assassinatos de 8 mil a 10 mil homens e garotos.

Cerca de 200 mulheres, parentes das vítimas de Srebrenica, marcharam até o gabinete do primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende, e entregaram documentos legais.

Carregando faixas com os nomes das vítimas, as mulheres caminharam silenciosamento em círculos do lado de fora do ministério, perto do Parlamento, por mais de uma hora.

"Esperei 12 anos por isso, pode ser uma outra injustiça se levar muito tempo de novo", disse Munera Subasic, presidente da Fundação de Mães de Srebrenica.

Durante a guerra da Bósnia, de 1992 a 1995, Srebrenica foi declarada área segura e guardada por uma unidade do Exército holandês que servia como parte de uma força maior da ONU na Bósnia.

Os soldados holandeses, levemente armados e sem apoio aéreo, foram forçados a entregar o enclave às forças sérvio-bósnias, que massacraram homens e garotos muçulmamos que confiavam na proteção das tropas holandesas.

Fonte: O Globo Online