26.4.09

Ser muçulmano está na moda

O protesto de um alemão muçulmano contra a publicação das caricaturas de Maomé e as reações violentas a ela se transformou numa grife que está conquistando os jovens muçulmanos da Europa


INOVADOR
Melih Kesmen decidiu protestar contra as caricaturas do profeta Maomé e contra as manifestações violentas

Melih Kesmen é um muçulmano de 33 anos que trabalha como designer na pequena cidade de Witten, na Alemanha. Ao contrário de 87% dos 3,2 milhões de seguidores do Islã que vivem no país, Kesmen nasceu na Alemanha, e se considera um “muçulmano europeu”. Em 2005, quando morava em Londres, foi um dos milhões de muçulmanos que sentiu ofendido com as caricaturas de Maomé publicadas pelo jornal dinamarquês Jyllands-Posten. A reprodução do profeta é proibida no Islã, e a publicação, repetida por diversos outros jornais europeus, serviu para acirrar ainda mais a conturbada convivência do mundo ocidental com os muçulmanos. Kesmen, abalado tanto pela publicação das imagens quanto pelas violentas reações do outro lado do mundo, decidiu protestar. E hoje a manifestação se tornou a grife StyleIslam, que vem conquistando cada vez mais os jovens muçulmanos europeus, como Kesmen, com mensagens pacíficas.



NA MODA
À esquerda, a ideia que deu origem à grife: "eu amo meu profeta". À direita, uma defesa do "hijab", o véu muçulmano que causa polêmica na Europa: "Hijab, meu direito, minha escolha, minha vida"

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