Por Abid Khazindar • Okaz
Relatórios recentes sugerem que o ministro do comércio aboliu a pré-condição requerindo que todas as mulheres desejosas de fazer negócios no país tenham um guardião masculino para representá-las com as autoridades. Também foi dito que o ministro retirado uma outra condição de que as mulheres devem ter um fiador financeiro que seria responsável no caso das mulheres falharem em cumprir suas obrigações financeiras.
A atitude foi saudada como sendo um desenvolvimento maior na direção de dar poder às mulheres sauditas e encorajá-las a desempenhar um papel mais ativo na economia do país. Ela também deve ajudar a liberar algo em torno de 90 bilhões de reais sauditas mantidos pelas mulheres sauditas nos bancos locais, um passo que pode dar um grande impulso às atividades de negócios.
As implicações da decisão não são confinadas àpenas às mulheres desempenharem um papel mais proeminente na economia nacional, mas também sinalizam para uma liberação das mulheres. Muitas mulheres viveram em uma virtual servidão sob o controle dos guardiãos homens, que frequentemente abusam de sua autoridade de modo a forçá-las a termos duros que amontam à extorsão. A prática levou ao quase desaparecimento de tais virtudes como integridade e honestidade de nossas vidas e era a razão maior por trás da relutância das mulheres em se envolverem em comércio e negócios. Metade da sociedade foi portanto mantida à margem e negada oportunidades de fazer contribuições significativas na construção da nação em um tempo em que bilhões de ryals estavam fechados em bancos, negando à economia uma riqueza em muito necessária.
A atitude deve permitir às mulheres serem capazes de trabalharem em setores que tem estado fora de seus limites. Elas tradicionalmente tem sido confinadas ao ensino, supervisão de negócios de confecção e salões de beleza. A competição em um setor tão pequeno tem crescido e se tornou tão intensa que muitas foram forçadas a sair dos negócios.
A decisão de abolir as posições do guardião e do fiador foi seguida por outro passo encorajador. O Ministério do Comércio concedeu licença a um número de mulheres para se engajarem em atividades tais como empreiteiras, área de serviços e consultoria. Mais licenças estão a caminho de forma que as mulheres trabalharão em tradução, advocacia e engenharia.
O que o ministro fez foi reviver uma velha tradição pela qual as mulheres nas aldeias e pequenas cidades trabalhavam em um número de empregos incluindo o cultivo, criação de animais e a venda de bens em mercados locais. Algumas delas eram vendedoras viajantes que faziam viagens de dias batendo de porta em porta. Esperamos que o renascer dessas tradições ajudarão a acelerar o desenvolvimento e o progresso do país.
Notícia original em inglês