JEDDAH, 23 Fevereiro 2004 – Mais de 14.000 britânicos abraçaram o Islam, de acordo com o jornal britânico Sunday Times.
Citando o primeiro estudo do fenômeno, o jornal disse que as conversões ocorreram por causa da desilusão com os valores ocidentais. O estudo de Yahya (ex-Jonathan) Birt, filho de Lord Birt, ex-diretor-geral da BBC, fornece os primeiros dados confiáveis sobre o assunto delicado do movimento de cristãos em direção ao Islam.
Falando publicamente pela primeira vez sobre sua crença, Birt, cujo doutorado na Universidade de Oxford é sobre os jovens muçulmanos britânicos, argumentou que uma figura inspiradora, similar ao convertido americano Malcom X para os afro-caribenhos, teria que emergir se a próxima etapa, uma conversão em massa entre os britânicos brancos, tivesse que acontecer.
“Você precisa de grandes figuras transicionais para traduzir algo exótico (como o Islam) para o vernáculo,” disse ele. “A imagem do Islam projetada por movimentos políticos islâmicos não é muito atrativa.”
A crença tem feito incursões dentro da elite. Nesse final de semana foi divulgado que a bisneta de um primeiro-ministro britânico se converteu. Emma Clark, cujo ancestral, o Primeiro Ministro Liberal Herbert Asquith, levou a Grã-Bretanha à Primeira Guerra Mundial, disse: “Nós estamos fazendo furor; eu espero que não seja uma paixão passageira.”
Clark, que ajudou a projetar um jardim islâmico para o Príncipe de Wales em Highgrove, está agora ajudando a criar um jardim semelhante para uma mesquita em Woking, Surrey, no lugar de um estacionamento.
Muitos convertidos foram inspirados pelos escritos de Charles Le Gai Eaton, um ex-diplomata do Escritório de Relações Exteriores. Eaton, autor de “Islam e o Destino do Homem”, disse: “Eu tenho recebido cartas de pessoas que estão confusas com os padrões do Cristianismo contemporâneo e estão buscando uma religião que não se comprometa tanto com o mundo moderno.”
Novas evidências chegaram nesse final de semana de que o Islam recebeu uma aceitação formal no coração da elite. A Rainha aprovou arranjos para permitir que os funcionários muçulmanos no Palácio de Buckingham tenham tempo livre para atender às orações de sexta-feira na mesquita: um membro da equipe no departamento financeiro será o primeiro a desfrutar da decisão.
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