Em torno de dois milhões de peregrinos se reúnem para o ritual final do Hajj anual na terça-feira, apesar das mortes de 251 pessoas pisoteadas no domingo
Pisoteamentos se tornaram comuns durante o ritual de apedrejamento
Além das 251 pessoas mortas pisoteadas, outros 272 peregrinos morreram de causas naturais durante a peregrinação, disse o Ministro do Hajj Iyad Madani.
Depois de repetidas tragédias humanas ao longo dos anos, o rei Fahd emitiu um decreto real na noite de domingo para modernizar as cidades sagradas em um projeto de 20 anos.
O conselho dos grandes ulamas, o mais alto corpo religioso da Arábia Saudita, disse que se encontraria na quinta-feira em Meca para buscar uma solução para prevenir os pisoteamentos.
O Jamarat, o nome dado ao local onde os peregrinos simbolicamente apedrejam os três pilares representando o demônio, tem sido um lugar problemático durante a peregrinação de vários dias.
Durante três dias, centenas de milhares de peregrinos convergem para um lugar estreito no vale de Mina, várias milhas a leste de Meca e as providências tomadas até agora para minimizar a situação não apresentaram resultados.
Morrer em Meca
As mortes não chocaram muitas pessoas, com vários peregrinos certos de que aqueles que morrem durante o Hajj entram no Paraíso.
“Os familiares e amigos daqueles que morrem sentirão a sua falta mas eles tem a chance que ninguém pode ter morrendo na terra sagrada do Islam onde eles são então enterrados,” disse um bangladeshi.
Crença Antiga
“Quando nossos ancestrais partiam para a peregrinação à Meca eles se despediam de seus amigos e seguiam de camelo ou barco para uma jornada que geralmente durava vários meses,” disse Abd Allah Muhammad, um senegalês.
“A morte de um peregrino, que seria conhecida somente quando a caravana retornava, era recebida com respeito e piedade por causa da honra concedida àquele que terminou seus dias em Meca e nos lugares sagrados na Arábia Saudita,” disse ele.
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