2.2.04

Kilroy é punido por declarações anti-árabes

Por Hamed Chapman

A comunidade muçulmana alegou sucesso pela saída de Robert Kilroy-Silk de seu próprio programa de entrevistas na BBC depois de 18 anos. A decisão do apresentador de 61 anos de sair foi uma “vitória chave para os muçulmanos britânicos em sua luta constante contra a Islamofobia,” disse a Sociedade Islâmica da Bretanha, que tem liderando a campanha contra a sua adequação para o trabalho.

O Conselho Islâmico da Bretanha (MCB) disse que esperava que o episódio enviaria “um sinal claro de que o racismo anti-árabe é inaceitável, tão odioso quanto qualquer outra forma de racismo.”

Apesar de sua saída Kilroy ainda pode ser processado por incitar o ódio racial, depois que a Comissão para a Igualdade Racial (CRE) pediu a polícia para investigar se seu artigo, entitulado “Não devemos nada aos árabes”, perturba a ordem pública.

Kilroy-Silk, em sua declaração de resignação de 16 de Janeiro falou das “dificuldades” que causou à BBC, mas continuou a insistir que acreditava “que é meu direito expressar minhas opiniões, por mais desconfortáveis que sejam.” Mas a Diretora da BBC Televisão, Jana Bennett, disse que a decisão não era sobre liberdade de expressão. “Apresentadores desse tipo de programa tem a responsabilidade de manter a imparcialidade da BBC,” ela insistiu.

As opiniões racistas do apresentador de televisão também foram condenadas no Parlamento por uma deputada trabalhista, Lynne Jones. Na mesma moção foram traçados paralelos com o surgimento do Nazi-fascismo na Alemanha, que “tem sido apoiado por propaganda que desumaniza e vilifica o povo judeu como uma raça.” O uso atual de “táticas similares em relação a qualquer grupo étnico ou religioso, por exemplo culpar o povo árabe em geral pelos eventos de 11 de Setembro, devem ser condenados,” alertou.

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